Serra pelada ontem e hoje

A Serra Pelada é uma serra brasileira localizada no estado do Pará. Se tornou muito conhecida durante a década de 1980 por uma corrida do ouro moderna, tendo sido o local do maior garimpo a céu aberto do mundo, de onde foram extraídas, oficialmente, 30 toneladas de ouro. Localiza-se no município de Curionópolis ao sul do estado do Pará, a aproximadamente 35 quilômetros da sede do município.

Auge
Em 21 de maio de 1980, o governo federal promoveu uma intervenção na área, já ocupada por 30 mil garimpeiros. Áreas de lavra e garimpeiros foram registrados pela Receita Federal, e todo ouro encontrado deveria ser vendido à Caixa Econômica Federal. A intervenção foi comandada pelo militar Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió.
Em 1981, os depósitos de ouro na superfície se esgotaram, e a Vale tentou reaver a posse da área. Mas os interesses eleitorais (havia 80 mil garimpeiros na área) levaram o governo a fazer obras para prorrogar a extração manual. Em 1982, o garimpo foi reaberto, e Curió foi eleito deputado federal. Curió tomou posse na Câmara em 1983 e propôs uma lei que dava permissão para que garimpeiros continuassem explorando o ouro de Serra Pelada por cinco anos. Em 1984, a Vale recebeu indenização de US$ 59 milhões pela perda da concessão da mina por quebra de contrato.
Declínio
A extração continuou caindo. Em 1988, foi de 745 kg, e, em 1990, de menos de 250 kg. Em março de 1992 o governo não renovou a autorização de 1984, e o garimpo voltou a ser concessão da Vale.
A história de Serra Pelada começa em 1976, quando um geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral encontrou amostras de ferro no sul do Pará. Em 1979, um garimpeiro encontrou ouro no local. O ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki, fez o anúncio oficial da existência do metal em Carajás. A partir de 1980 levas de migrantes se deslocaram para o Pará e ocuparam o garimpo, que pertencia à fazenda Três Barras, propriedade de Genésio Ferreira da Silva.


Serra Pelada hoje é um local de luta. Todos sabem que ainda existe ouro ali, a disputa de interesses é constante e muitas vezes brutal. A calma do dia-a-dia se transforma em conflito permanente na esfera política. O cabo-de-guerra tem muitas pontas e é puxado por grupos de garimpeiros, cooperativas, mineradoras multinacionais e governo, todos com interesses distintos. Hoje, vinte anos após o final do garimpo, a maior parte dos crimes do local tem sua origem nessa disputa.
Atualmente, Serra Pelada, distrito do município de Curionópolis que fica a 35 quilômetros do centro da cidade, é um local pacato. Foi-se o ouro fácil da superfície e com ele a febre que levou centenas de milhares de garimpeiros para lá no começo dos anos 80. A imagem cristalizada do formigueiro humano desapareceu junto com o fim da mina e da possibilidade de enriquecimento instantâneo. 

Veja como era Serra pelada no auge de sua glória:






E a nova Serra Pelada:


Postar um comentário

1 Comentários

Anônimo disse…
SERRA PELADA MONTANHA DE PATETAS
Por quais razões, por quais motivos alguém recusaria um entendimento com seus oponentes se tal entendimento representasse inquestionável vantagem, paz, segurança e lucro certo para seus empreendimentos? - Certamente que razões e motivos muito fortes, respaldados por sólidos setores de poder e decisões. Respaldo esse divorciado dos mais elementares princípios de ética e justiça. Criminoso respaldo que a todos nivelam, os trinta e oito mil sócios da Coomigasp à condição, do termo em moda, “patetas”. Não passamos de “patetas” para a diretoria da Coomigasp, servil aos interesses da Colossus, que mesmo avisados e exaustivamente convidados a por um fim aos nefastos episódios de espoliação e flagrante desrespeito aos instrumentos de regramento associativo anuncia desconhecer o abaixo assinado e a consequente convocação da Assembléia Geral pelos garimpeiros da cooperativa. Somos todos verdadeiros “patetas” por reconhecermos que a diretoria da cooperativa desconhece os Estatutos e Regulamento interno da Coomigasp e continuamos a nos submeter as decisões administrativas dessa diretoria agóra representada pela empresa Work que adota uma linha de trabalho, não ao gosto dos “patetas” sofridos e espoliados garimpeiros, mas ao gosto da Colossus. Acreditamos que os descalabros, todos, denunciados exaustivamente já estão por merecer o apontamento de onde se incerem no TAC celebrado entre o Ministério Público do Pará e a Coomigasp/SPCDM e que muito carecem das manifestações a respeito por parte do Digníssimo Promotor Hélio Rubens. A comunidade dos “patetas” garimpeiros aguardam ordeiramente, mas anciosos e impacientes que o Digníssimo Promotor se pronuncie com as devidas e objetivas respostas aos seus reclames.
Com os horizontes acenando para interesses escusos na baderna – o que ficou definitivamente demonstrado - no quanto pior melhor, no descumprimento da lei, na ilicitude, na violência, no medo, na violação da propriedade alheia açulados pela ignorância, recomendamos como imprescindível a cautela e a busca, com antecedência, de instrumentos legais junto as autoridades constituídas por ocasião do evento de protocolo do abaixo assinado de Convocação de Assembléia Geral que garantam a segurança que o momento requer. Duvidas não existem mais. Existem apenas aqueles que pensam, ainda, na possibilidade de estarem a enganar a todos como se “patetas” fossem. Existe algo bem a frente, espera-se apenas que cheguem lá.
PEDRO PAULO DELFINO
Obs. Pedro Paulo Delfino não pertence a nenhuma das chamadas redes sociais como facebook, orkut, twitter e outros similares.