O deputado federal Henrique Alves (PMDB) luta para manter o ex-deputado
estadual Elias Fernandes (PMDB) no comando do Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas (Dnocs) até que o Tribunal de Contas da União
(TCU) analise o relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que
aponta desvios na ordem de R$ 312 milhões.
Segundo a mídia do eixo
Rio/São Paulo/Brasília, Henrique está contando com a ajuda do
vice-presidente Michel Temer para manter o apadrinhado no cargo. Por
enquanto, o deputado potiguar tem tido êxito, mas existe o risco de
Elias ser demitido em fevereiro.
O ex-deputado estadual também é
acusado de favorecer o Rio Grande do Norte. Segundo o relatório, de 47
convênios, 37 foram com munípios potiguares.
Já Henrique Alves foi
apontado por usar influência política para liberar recursos para obras
da barragem de Oiticica, em Jucurutu. O superfaturamento da obra estaria
na casa dos R$ 33 milhões.
Apesar dessa situação, já foi divulgado
que mesmo em caso de demissão de Elias Fernandes, caberá a Henrique
Alves a indicação do substituto. A sugestão já teria sido dada, mas o
parlamentar potiguar teria rejeitado a ideia.
O peemedebista quer o
mesmo prazo dado aos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento
Econômico) e Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) se
defenderem.
Parlamentar nega motivos para demissão de Elias
Mais uma vez o deputado federal Henrique Alves usou o perfil dele no
Twitter para defender o apadrinhado político envolvido na crise do
Dnocs.
Para o parlamentar, todos os dados estão esclarecidos e não há
motivos para a demissão de Elias Fernandes. "Aos que corretamente me
perguntam sobre Dnocs esclareço com tranquilidade. CGU, órgão sério que
respeito, fez relatório com questionamentos administrativos ao Dnocs.
Ano passado, o Dnocs, cumprindo seu dever, respondeu. Melhor, esclareceu
todos os itens. O Dnocs esclareceu todos itens levantados. Um por um.
Inclusive com correta colaboração do Ministério do Planejamento na
explicação de um deles e este envolvia questionamento sobre R$ 120
milhões em pagamentos de pessoal, etc. O Planejamento eximiu o Dnocs de
qualquer responsabilidade! Demais questões foram analisadas e
esclarecidas pelo Dnocs ratificadas em documento pelo ministro Fernando
Bezerra", acrescentou.
Henrique disse ainda que toda a documentação
enviada à CGU também será analisada pelo TCU. "Nem CGU nem
Dnocs-Ministério da Integração são donos da verdade. Órgão autorizado
para dirimir conflitos e decidir correção é o TCU. O que o Dnocs e
Ministério querem é o direito ao contraditório. Prática essencial do
regime democrático", declarou.
O parlamentar também negou novamente
que o Rio Grande do Norte tenha sido favorecido pelo órgão. "Um dado,
por exemplo: será que é 'privilégio do RN' receber R$ 12 milhões para 37
cidades de um total de R$ 243 milhões da Defesa Civil? 12 Estados
tiveram. O RN teve 5 por cento do valor total! Numa luta danada ao lado
dos prefeitos. Foi 'concentração de recursos' para o RN? A CGU diz que
sim. Porque viram número de convênios - 37 - e assim julgaram. 37 porque
divididos em 37 cidades, média de 400 mil cada! Privilégio? É esse
julgamento sereno e rigoroso do TCU que queremos. Aceitamos qualquer
decisão no final. É pedir o absurdo?", questionou.
Visto em: http://www.omossoroense.com.br/politica
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